O Brasil tem passado por grandes mudanças e boa parte delas é negativa. O preço dos carros novos tem aumentado – até mesmo o dos carros usados tem alcançado quase o valor de um novo. E aí fica a pergunta: por que o preço dos carros subiu?
Há mais de um motivo para isso ter acontecido, mas uma consequência é certa: o seguro de carro também vai aumentar. Conforme há o aumento no preço dos carros novos e usados, também sobe o valor do seguro.
Mas afinal, por que ocorre esse aumento todo? Prossiga com a leitura do artigo e saiba mais sobre agora!
Afinal, por que o preço dos carros subiu?
“O valor dos carros tem subido desde o começo da pandemia, com modelos mais básicos chegando a custar mais de R$ 50 mil.” (Fonte: Uol Economia)
O preço dos carros novos vem aumentando recentemente. Segundo pesquisa da KBB, houve uma média de 10% de aumento no preço dos automóveis durante todo o ano de 2020.
Os que mais sofreram com esses aumentos foram o Chevrolet Onix, o Renault Kwid e o Volkswagen Gol, todos com aumento acima dos 10%. O preço dos carros compactos já chegam a R$ 100 mil – os mais básicos já batem na faixa de R$ 50 mil.
E não são só os carros novos que sofreram aumento, os seminovos e usados também. Em alguns casos, os carros usados chegaram a um valor próximo do que seria o carro novo. Isso ocorre por dois motivos:
- Há menor rotatividade de carros, com as pessoas demorando mais para adquirir um carro novo;
- Menor poder aquisitivo para carros novos, o que aumenta a demanda por usados ou seminovos.
Mas por que o preço dos carros novos subiu?
Desvalorização cambial
No período de um único ano, o dólar subiu cerca de 22%, estando atualmente acima dos 5 reais. Com essa desvalorização, é sentido o impacto na obtenção dos veículos importados e na produção de carro.
Afinal, boa parte dos insumos utilizados é dolarizado.
Falta de insumos
Um dos materiais mais utilizados na produção de carros é o aço, cujo preço já aumentou 30% apenas no primeiro semestre de 2021. É esperado que hajam ainda mais aumentos no segundo semestre.
Outro material em falta são os semicondutores para carros, que são essenciais para os componentes eletrônicos dos veículos. Eles já estão se tornando mais difíceis de serem obtidos, tendo aumentos de até 250%.
Por causa da falta dos semicondutores para os carros, era esperado que a produção de veículos tivesse uma grande queda neste ano. Com menos veículos disponíveis para venda, o preço dos carros acaba aumentando.
Aumento do ICMS para automóveis
No estado de São Paulo, houve um aumento do ICMS para automóveis. Era esperado que chegasse em 22% no mês de abril durante um aumento progressivo, o que também impactou no preço final.
Qual é o impacto da alta de preços no seguro de carros?
Para entender o impacto da alta de preços no seguro de carros, é necessário conhecer a tabela FIPE. A tabela FIPE se trata de um catálogo que demonstra o preço médio dos veículos anunciados no mercado brasileiro.
Ela foi criada pela Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (USP) em 1973. Desde 1985, ela pesquisa e apura os valores médios praticados no segmento de carros e utilitários.
Essa pesquisa é feita sobre carros usados e seminovos, assim como em veículos 0km, que são os considerados novos. Basicamente, a tabela FIPE calcula uma média do preço veicular praticado pelos vendedores.
Qual é a importância da tabela para o seguro veicular?
A tabela FIPE serve como base de referência para contratos, financiamentos, negociações e seguros de carros. Como ela apura o preço médio dos veículos, se torna a principal guia para as seguradoras.
Dessa maneira, quando há um aumento no preço dos carros, aumenta-se também o valor de mercado deles. Como consequência, há um aumento no preço do seguro veicular – o que já foi sentido em muitos estados brasileiros.
Em São Paulo, na Macro Metropolitana Paulista, a diferença do aumento chegou a ser de 30%. No Rio de Janeiro, na Baixada, o aumento do preço do seguro foi de cerca de 60%.
O Sudoeste do Amazonas também teve um enorme aumento, chegando a 170%, com destaque para Humaitá. Outras regiões no país tiveram aumento, mas não foi tão significativo.